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quinta-feira, 16 de junho de 2011

História de Morro do Chapéu - Bahia

As primeiras explorações no território do município foram realizadas pelos Jesuítas. Entretanto os Bandeirantes também passaram por essas terras, sendo que GABRIEL SOARES DE SOUZA foi o primeiro a explorar a região com o objetivo de descobrir minas. Lendárias são as notícias das passagens de Muribeca, o descobridor das minas de prata, e de Robério Dias pelas terras de Morro do Chapéu. Também há registro da passagem do sertanista Romão Gramacho pela região.
          Diversas histórias afirmam que, em 1551, quando os jesuítas exploraram as matas do Sincorá, por conseguinte as cabeceiras do Paraguaçu, foi explorado o rio a que deram o nome de Riachão de Utinga. Dados a ser zona fertilíssima, alguns exploradores fixaram-se nesse local, para fazer plantações. Entretanto, o principal e definitivo fator do povoamento do município foi a concessão de grande área de terras ao 6º Conde da Ponte, João Saldanha da Gama de Mello e Torres, por D. Fernando José de Portugal, com a finalidade de promover o povoamento. A partir daí, foram fundadas as seguintes fazendas: Morro (conhecida hoje por Morro Velho, lugar onde houve a 1ª missa), Olho D’água, Canabravinha, Tapera, Santo Antônio, São Rafael, Jaboticaba, Morrinhos e Gurgalha. Um dos colonos, Manoel Ferreira dos Santos, adquiriu terras do 6º Conde da Ponte, fundando com seus filhos (Antônio, José e Domingos) e com José Joaquim Cardoso a fazenda Gameleira. Contudo, o maior colonizador foi Antônio Guedes de Brito, que possuía 160 léguas de terras, contadas de Morro do Chapéu até as águas do rio das Velhas.
Em 1724, conforme diz Luiz Santos Vilhena, quando se iniciou a exploração de ouro na freguesia de Jacobina, já se desenvolvia a criação de gado no território do atual município, o que contribuiu também para o povoamento .
Já em 1795, O MISSIONÁRIO CAPUCHINHO, Frei Clemente Adorno, chegou à fazenda MORRO, na qual iniciou a catequese. Por sua iniciativa, foi edificada uma capela na fazenda Gameleira, pertencente a Antônio Ferreira dos Santos, o qual contribuiu muito para a edificação da capela de Nossa Senhora da Graça, doando um terreno como patrimônio, onde hoje se situa a igreja matriz.
Foi em 1823, que a população aumentou com a chegada dos portugueses refugiados da perseguição dos nacionais (depois das lutas da independência do Brasil), que se estabeleceram com suas fazendas de gado.
          A capela, cuja construção terminou em 1834, foi elevada a freguesia por Lei Provincial nº 67 de 1º de junho de 1838, sob o orago de Nossa Senhora da Graça, desmembrada da freguesia de Santo Antônio de Jacobina, sendo seu primeiro vigário o padre Francisco Gomes de Araújo. Naquela mesma data, o povoado passou a chamar Morro do Chapéu e teve a categoria de distrito de paz. A Lei Provincial nº 933 de 7 de maio de 1864 elevou Morro do Chapéu à categoria de Vila e Município, formado pelas freguesias de Nossa Senhora da Graça e de Mundo Novo. Em 06 de agosto de 1865 aconteceu a eleição para o Conselho Municipal, sendo instalada a Vila em 06 de novembro de 1865, com os seguintes Conselheiros:
Major Manoel Barbosa de Souza – Presidente - Vigário Joaquim Inácio de Vasconcelos - Aníbal José Pereira Borges - Constantino José Cavalcanti - José Friandes de Figueiredo - Olegário Pinto - Joaquim da Rocha César.
          Com a Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, foi criado o cargo de Intendente, como Chefe do Executivo Municipal, ratificado pela Constituição Federal de 1891. Foi indicado o Sr. Antônio Lourenço Seixas Júnior, que governou o município de 1889 a 1891.
Pela Lei Estadual nº 751 de 08 de agosto de 1909 a vila Morro do Chapéu foi elevada à categoria de cidade.

Rômullo Bento

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