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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Pintura em Vasos


Uma das expressões artísticas mais comuns na arte grega é a cerâmica utilitária e a pintura em vasos. Naquela época, os gregos transportavam líquidos, como água, azeite e vinho, em potes e vasos de cerâmica. Por isso, eles eram produzidos em grande quantidade em oficinas de artesãos. Além disso, eram usados em festas e rituais religiosos. Os gregos confeccionaram vários tipos de vasos, cada qual tinha seu nome e uma função específica. Assim, cálices com duas alças eram utilizados para beber vinho; hidras serviam para armazenar água.
A pintura chegou até nós principalmente através das cerâmicas decoradas e  representava cenas religiosas, cenas da vida cotidiana, de batalhas e de jogos. A decoração desses vasos também era bastante importante e caracterizou diferentes períodos da civilização grega. Essas peças de argila eram pintadas, algumas apresentavam figuras humanas e outras retratavam o dia-a-dia dessa antiga civilização. Hoje são instrumentos importantes a partir dos quais os arqueólogos tentam decifrar os costumes e as crenças do povo daquele período.
Frasco para perfumes (Ática V a.C)
     Era costume entre as mulheres levar potes de óleo perfumado ao túmulo de seus maridos – uma forma de expressar respeito.


Por Juliana Machado e Mylena Souza

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Teatro, Atenas

Teatro

O teatro teve início na Grécia Antiga graças aos cultos que eram feitos ao Deus Dionísio (Deus do vinho e da festa) eram realizados em seu templo, festas, onde jovens dançavam, cantavam e faziam- lhe oferendas de vinhos. Com um tempo estas festas foram ganhando certa organização, sendo apresentadas a um maior número de pessoas, surgindo assim o primeiro teatro grego “Teatro de Dionísio” em Atenas.
Os teatros eram construídos em montanhas e colinas, que serviam de suporte para as arquibancadas e possuíam uma acústica perfeita. O tetro servia além se tudo para apresentações teatrais, destacando-se a tragédia e a comédia, que eram relacionados a fatos do cotidiano, emocionais e psicológicos, lendas, mitos e homenagem aos Deuses gregos, na comédia, críticas humorísticas relacionadas à política. Nessas apresentações se utilizava máscaras e túnicas, além de um cenário bem decorado para dar mais realismo à encenação.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Partenon


PARTENON

Os gregos edificaram os seus primeiros templos no século VII a.C., influenciados pelas plantas das casas micênicas que apresentavam uma sala central rodeada de colunas.
Os templos eram construídos com linhas retas retangulares, sem arcos nem abóbodas.
foi um templo da deusa grega Atena, construído no século V a.C. na acrópole de Atenas. É o mais conhecido dos edifícios remanescentes da Grécia Antiga e foi ornado com o melhor da arquitetura grega. Suas esculturas decorativas são consideradas um dos pontos altos da arte grega.
O Partenon é um símbolo duradouro da Grécia e da democracia, e é visto como um dos maiores monumentos culturais do mundo.
O Partenon foi construído para substituir um antigo templo destruído por uma invasão dos persas em 480 a.C
  • 447-432 a.C. - Construção do Partenon no governo de Péricles e decoração com esculturas de Fídias
  • 267 - Bárbaros hérulos invadem Atenas e incendeiam a edificação
  • 343-361 - Recuperação do templo, provavelmente sob ordens do imperador romano Juliano
  • Século V - A grande estátua de Atena é levada para Constantinopla e, mais tarde, destruída
  • Século VI - Conversão em igreja Ortodoxa Grega. Monges retiram colunas internas, destroem esculturas consideradas pagãs e criam uma capela na fachada leste
  • 1204 - Os cruzados invadem Atenas e rebatizam o Partenon como "Notre-Dame de Atenas", tornando-o um templo católico
  • 1456 - Atenas é tomada pelo Império Otomano e o templo transforma-se em mesquita islâmica. Um minarete é colocado em sua base
  • 1687 - Os venezianos atacam Atenas. O Partenon é usado pelos turcos como depósito de pólvora e, em 26 de setembro, é atingido por uma bala de canhão que demole sua estrutura interna
  • 1801 - O embaixador britânico em Constantinopla, Lord Elgin, obtém permissão para fazer estudos na Acrópole e leva esculturas do templo para a Inglaterra
  • 1832 - Independência da Grécia - desde então os gregos trabalham na conservação do templo
  • 1835 - Início das escavações arqueológicas e do trabalho de recuperação das ruínas do Partenon
  • 2004 - Finalizados os trabalhos de restauro dos pronaos (salão leste: onde ficava a principal estátua, de Atena, em ouro e marfim, feita por Fídias) e opisthonaos (salão oeste: espaço reservado à guarda do tesouro da Liga de Delos), além da limpeza e conservação do friso da fachada oeste.
Por: Victória Martins

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

DISCÓBOLO


O Discóbolo é uma estátua do escultor grego Míron, que representa um atleta momentos antes de lançar um disco. Provavelmente seja a estátua de desportista em ação mais famosa do mundo.
Segundo nos dizem Plínio, o Velho e Luciano de Samósata, o original fora produzido em bronze em torno de 455 a.C para ser instalado em um palácio de Atenas, possivelmente criado para comemorar um atleta vitorioso no antigo pentatlo, mas a obra acabou se perdendo ao longo do tempo. A composição no entanto sobrevive em diversas cópias romanas, todas com variações entre si, o que deixa algumas dúvidas sobre a conformação exata do original.
Estilisticamente o Discóbolo ilustra a transição do Estilo Severo para o Estilo Clássico. A descrição anatômica tem um caráter mais naturalista do que a idealização praticada pelos seus antecessores imediatos, e apesar de dinâmica, é mais ou menos confinada dentro do plano frontal, à maneira de um alto-relevo. A vanguarda da escultura grega logo após Míron se tornou celebrada por dar a verdadeira independência tridimensional à escultura, criando obras igualmente eficientes em todos os ângulos. Essas características, se lhe dão um caráter transicional, não lhe retiram mérito próprio como obra perfeitamente acabada sob todos os aspectos, quando analisada no contexto de seu próprio momento histórico e cultural. Sob outro ponto de vista, Míron foi um pioneiro justamente pela introdução de uma abordagem anatômica e cinesiológica mais próxima do natural, e por ter conseguido sintetizar em arte um ideal de beleza física, de equilíbrio dinâmico e de harmonia entre mente e corpo, antecipando em muitos aspectos a produção de Fídias e Policleto. Na representação de atletas, a composição de Míron foi uma completa novidade. Nas palavras de Arnold Hauser, o Discóbolo representa o primeiro momento, desde as pinturas do Paleolítico, em que
"... o valor do 'movimento iminente' é plenamente reconhecido; aqui inicia a história do ilusionismo europeu, e onde encerra a história dos arranjos informativos e conceituais baseados em 'aspectos fundamentais' do sujeito. Em outras palavras, foi atingido o estágio no qual nenhuma beleza formal, por mais bem composta, por melhor em efeito decorativo que seja, justifica uma quebra nas leis da experiência sensível. As conquistas do naturalismo já não são incorporadas em um sistema de tradições imutáveis e aceitas somente dentro desses limites; a representação tem que ser correta a todo custo, e se a correção na representação é incompatível com a tradição, a tradição deve ser abandonada".
A questão do ilusionismo como recurso artístico, que se tornou tão cara aos gregos clássicos, fica mais evidente quando sabemos que, de acordo com os estudos atuais, embora o Discóbolo tenha enorme qualidade como obra de arte e tenha se tornado um modelo na representação do movimento do corpo humano, não representa o movimento real que o atleta faz no ato de lançar o disco.
A quantidade de cópias conhecidas indica que a obra foi muito popular na Roma Antiga. Quintiliano, em sua Institutio Oratoria, traçou um paralelo entre a postura do Discóbolo e o recurso retórico da antítese. As cópias, então realizadas geralmente em mármore, por causa das especificidades do material precisavam incorporar alguma base de apoio maior para o peso da pedra na forma de troncos de árvore ou rochas, o que retira muito do impacto e elegância da composição original em bronze de Miron, que se mantinha somente com suas próprias pernas graças à maior resistência do metal. Devemos lembrar também que nenhuma das cópias conservou indicação de como a estátua original era colorida, um costume comum entre os gregos que devia acrescentar às esculturas muita vivacidade e naturalismo. Além disso, das cópias que chegaram aos nossos dias somente uma, em bronze, em tamanho menor que o original, está completa; todas as outras apresentam danos mais ou menos extensos.
O Discóbolo só foi identificado em tempos modernos quando uma cópia em estado relativamente completo foi encontrada em 1781 na Villa Palombara, em Roma, pertencente à família Massimo. Restaurada por Angelini, foi instalada no Palazzo Massimo, e então no Palazzo Lancelotti, tornando-se imediatamente estimadíssima pelos neoclássicos dos séculos XVIII e XIX, que a viram como a representação suprema do movimento corpóreo. Antes desta descoberta, que veio a ser nomeada como cópia Palombara ou Lancelotti, outros fragmentos de cópias do Discóbolo não haviam sido reconhecidos, e por isso alguns exemplares acabaram sendo reintegrados em ilustração de outros motivos, como um torso recomposto como um gladiador ferido, e outro recomposto duas vezes, primeiro como Endimião, e depois como um dos Nióbidas. A cópia Townley do Museu Britânico foi restaurada com uma cabeça que originalmente não pertencia à mesma estátua, daí sua posição marcadamente diferente das outras, olhando para baixo, enquanto que segundo a descrição de Luciano o original olhava para trás. Entretanto, a cópia Townley se tornou influente, e outras cópias foram feitas a partir dela. Ao longo do século XIX cópias novas do Discóbolo ingressaram na maioria das grandes coleções de escultura da Europa e América e foram usadas como modelos para os estudantes de escultura, pintura e desenho.
No fim do século XIX constantes referências à iconografia clássica circulavam também entre os esportistas. O Discóbolo e outras estátuas famosas, como o Apoxiômenos de Praxíteles, e o Gálata moribundo, da escola helenística, tinham suas posturas imitadas pelos adeptos da prática do nascente bodybuilding, fundando um repertório de exercícios que levaram à criação da primeira competição desta modalidade esportiva, realizada em Londres em 1901. Treinadores do início do século XX, como Saldo Monte, Diana Watts e Charles Atlas, propuseram a sua postura como um exercício para aperfeiçoamento das qualidades de graça e desenvolvimento muscular equilibrado. Durante o Nazismo a tradição clássica foi identificada como um modelo para o desenvolvimento da nação e do povo alemão. Fascinado pela arte grega, Adolf Hitler comprou a cópia Lancelotti em 1938 por cinco milhões de liras, enviando-a para a Gliptoteca de Munique. Em 1948 foi devolvida à Itália.
A influência do Discóbolo sobre a cultura, em especial do ocidente, ainda é grande nos dias de hoje. É uma das imagens mais publicadas na literatura sobre esportes, educação física e fisiculturismo, um dos mais conhecidos ícones da atual cultura do corpo. Fisiculturistas ainda regularmente incluem a pose do Discóbolo em suas exibições, também um ícone popular na tradição da fotografia do corpo masculino.

Fonte: Wikipédia                                                             Aissa Bagano

Biblioteca de Alexandria, todo o saber do homem.

Por aproximadamente sete séculos, entre os anos de 280 a.C. a 416, a biblioteca de Alexandria reuniu o maior acervo de cultura e ciência que existiu na antiguidade. Ela não contentou-se em ser apenas um enorme depósito de rolos de papiro e de livros, mas por igual tornou-se uma fonte de instigação a que os homens de ciência e de letras desbravassem o mundo do conhecimento e das emoções, deixando assim um notável legado para o desenvolvimento geral da humanidade.
 Não é de se admirar, pois, que  a Alexandria tenha se tornado um porto seguro para os intelectuais e que, por mais de meio milênio, tantas das conquistas acadêmico-culturais antigas tenham emanado da cidade. Quase que sem exceção, os grandes matemáticos da Antiguidade dessa época  foram professores ou alunos da Universidade de Alexandria. 
Para qualquer intelectual grego ser convidado para o cargo de bibliotecário-chefe em Alexandria era atingir o Olimpo. Cercado por milhares de manuscritos, quase tudo o que a sabedoria antiga produzira sobre matemáticas, astronomia, mecânica e medicina, ele sentia-se como se fosse um Zeus todo-poderoso controlando as letras, os números e as artes. Conviver com rolos e mais rolos, bem organizados e classificados por assuntos, dos escritos de Platão, de Aristóteles, de Zenão, de Euclides, de Homero, de Demóstenes, de Isócrates, de Xenofonte, de Píndaro, de Tucidides, de Safo, e de tantos outros, era um deleite permanente.
Em seus primeiros três séculos, da fundação da biblioteca à chegada de César, disseram que as estantes, partindo dos 200 rolos iniciais do tempo de Filadelfo, chegaram a acomodar mais de 700 mil textos em volumes diversos, mas que, infelizmente, parte deles perdeu-se num incêndio acidental quando César por lá esteve. Seja como for, parece ter sido a intenção de Marco Antônio, ressarcir as perdas sofridas com o incêndio de 48 a.C., doando para a biblioteca de Alexandria, no ano de 41 a.C., outros 200 mil pergaminhos e livros retirados por ele da biblioteca de Pérgamo, rival da de Alexandria.  Ao desaparecimento definitivo dela deve-se ainda associar ao fechamento das academias de filosofia, entre elas a de Platão, ocorrida em 526 (que funcionara durante novecentos anos), determinada pelo imperador Justiniano, encerrando-se assim (devido a maneira lamentável e intolerante de agir do cristianismo daqueles primeiros tempos), as grande contribuições que o mundo antigo deu para a humanidade.

A boa nova que nos chegou do Oriente Médio, região tão rara em produzir noticias felizes, é o da inauguração da Nova Biblioteca de Alexandria, acontecido em outubro de 2002, um colossal empreendimento que visa recuperar a imagem da cidade como um centro de sabedoria, posição que perdeu há bem mais de 1500 anos . Que os espíritos dos grandes do passado inspirem os que virão no futuro nesta grandiosa tarefa. 





 Iago Azevedo,  Melissa Queiroz e Renata Lobo.