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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

A fragmentação do Império Romano




No Ocidente, o poder central mostrava-se impotente para conter as sucessivas invasões das fronteiras por povos, que passaram a controlar extensas regiões do Império Ocidental. Entre os séculos IV e V, a situação se agravaria com a chegada dos hunos à Europa. Temido por sua habilidade na guerra, esse povo, vindo da região central da Ásia, provocava pânico entre os germanos, que invadiam o Império para fugir de seus ataques. Em 476, após inúmeras invasões e acordos dos germânicos com o Império Romano do Ocidente, Odoacro, rei dos hérulos, destronou Rômulo Augustulo, último imperados romano. Com esse ato, desintegrava-se o Império Romano do Ocidente, em cujo território surgiam diversos reinos germânicos. Enquanto isso, o Império Romano do Oriente, ou Império Bizantino, ainda que também enfrentando muitas invasões, conseguiria manter-se por quase mil anos, até 1453, quando isso seria conquistado pelos turcos.


Por: Taíse Dourado

A reforma agrária em Roma



"Os romanos costumavam vender parte das terras conquistadas aos vizinhos, outras anexá-las e arrendá-las depois aos cidadãos que nada possuíssem, mediante um ligeiro censo ao tesouro público. Os ricos, porém, tinham conseguido apoderar-se dessas terras; eis por que foi feita uma lei que proibia a todos os cidadãos ter mais de 125 hectares de terra. Esta lei conteve por algum tempo a cupidez dos ricos. Mas depois os ricos conseguiram a adjudicação de terras sob nomes de empréstimo; por fim, tomaram-nas abertamente em seu nome. Então os pobres, espoliados da sua posse, trataram de evitar o serviço militar e a criação de filhos. Assim, a Itália seria em breve despovoada de habitantes livres e cheia de escravos bárbaros que os ricos empregavam na cultura das terras, para substituir os cidadãos que haviam expulso delas."


Os problemas mais graves na República Romana, eram o crescimento do número de escravos e a concentração da propriedade de terra dos patrícios. Esta concentração, prejudicava os pequenos camponeses livres e difundia o trabalho escravo no campo. Porém, eram justamente os camponeses livres que asseguravam o poderio militar que permitiu a Roma o domínio do mundo antigo. Logo, ao empobrecer os pequenos proprietários, a concentração de propriedade de terra colocava em risco a própria segurança da sociedade romana.




Citação retirada de:  FREITAS, Gustavo. 900 textos e documentos de história. Lisboa, Plátano, s.d., v.1, p. 94.


Por: Taíse Dourado

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

A REFORMA AGRÁRIA EM ROMA

O processo de expansão territorial romano foi agente determinante para que este reino se enriquecesse e se transformasse em um dos mais poderosos impérios de toda a Antiguidade. Contudo, sem antes contar com uma política de distribuição das terras conquistadas, percebemos que a riqueza gerada por essas propriedades ocasionou fortes tensões políticas no interior da República Romana.

Com o passar do tempo, os grandes proprietários de terra – na maioria, patrícios ligados ao Senado – passaram a ameaçar a subsistência dos pequenos proprietários. Contudo, algumas transformações na organização política das assembleias foram de suma importância para que essa situação se modificasse. Por volta do século II a.C., uma nova lei instituiu a adoção do voto secreto para a escolha dos magistrados.

Essa transformação permitiu que os irmãos Tibério e Caio Graco fossem eleitos como tribunos da plebe e elaborassem leis que promoveriam uma grande reforma agrária nos territórios romanos. Em 133 a.C., Tibério Graco foi eleito tribuno da plebe e conseguiu a aprovação de uma lei que delimitava a extensão das terras da nobreza e permitia a distribuição de terras públicas aos menos favorecidos.

Contudo, apesar de promover uma transformação benéfica a uma parcela significativa da população romana, este não teve o apoio popular necessário para consolidar seu projeto. Acusado de tirania, por ter deposto um tribuno e conseguido a sua reeleição, Tibério foi, no ano seguinte a sua posse, assassinado junto a mais outros 500 políticos que apoiavam o processo de redistribuição de terras.

No ano de 125 a.C., uma reforma da lei romana passou a autorizar a reeleição dos tribunos da plebe. Aproveitando dessa mudança, Caio Graco assumiu seu segundo mandato como tribuno, em 123 a.C., e decidiu retomar o projeto de reforma agrária de seu falecido irmão. Contudo, para que seus objetivos fossem alcançados, teve o cuidado de ampliar suas bases de apoio político.

Inicialmente, buscou o apoio dos cavaleiros romanos ao aprovar uma lei que permitia a participação destes na administração das províncias e na organização dos órgãos judiciários dessa região. Logo em seguida, se aproximou das populações vizinhas à cidade de Roma. Em um novo projeto de lei, Caio Graco concedeu cidadania plena aos latinos e a cidadania parcial (sem direito de voto) aos demais habitantes da Península Itálica.

Alcançada a formação de seus grupos aliados, este astuto tribuno estabeleceu reformas que realizaram um novo modelo de distribuição das terras conquistadas em Tarento e Cápua. Além disso, conseguiu a aprovação da Lei Frumentária, que reduziu o valor de revenda do trigo para pessoas mais pobres. Reeleito em 122 a.C., Caio iniciou o projeto de fundação de uma colônia em Cartago.

Sentindo-se prejudicados por tais mudanças, os patrícios buscaram o apoio dos plebeus. Para consegui-lo, a elite romana argumentou que os plebeus poderiam perder a exclusividade de seus privilégios com a extensão da cidadania às populações vizinhas. Sem demora, os plebeus não concederam um novo mandato para Caio Graco, que em resposta tentou armar um golpe de Estado.

A ação gerou uma enorme conturbação social que desestabilizou o cenário político romano. O Senado decretou estado de sítio e concedeu poderes ilimitados aos cônsules. Mediante a pressão dos grandes proprietários e dos senadores, Caio Graco se refugiou no Monte Aventino junto de seus partidários. Observando que não poderia esboçar uma reação, Caio acabou ordenando que um de seus escravos o matasse.

Apesar do projeto dos irmãos Graco terem sofrido severa oposição, outras figuras políticas tentaram retomar o seu projeto. Em 91 a.C., o tribuno Marco Lívio Druso buscou aprovar uma lei de redistribuição de terras. Mais uma vez, os grandes proprietários armaram um golpe que resultou no assassinato do tribuno. Contudo, o evento foi responsável pela deflagração da Guerra Social, que entre os anos de 90 e 89 a.C. assinalou as tensões que tomavam Roma por causa da questão agrária.

Autor original: Rainer Gonçalves Sousa
Postado por: Renata Lobo

O Declínio do Império Romano


O Declínio do Império Romano

O Império Romano começou o seu lento declínio em o século III dC, uma das principais causas de sua queda foi uma série de pragas, especialmente a praga de Cipriano, que dizimou a população do império, tornando mais difícil aumentar impostos suficientes e recrutar exércitos.
      Em 284 dC, Diocleciano tornou-se imperador. Ele viu o grande império desregrado e lo dividiou ao meio, o Império Ocidental e Império Oriental. Cada era governado por um imperador independente. Sob o governo de vários imperadores subseqüentes, o Império Ocidental e Oriental foram novamente unidos em uma única entidade Teodósio I f.oi o último imperador que governou um unificado Império Romano. Após sua morte em 395 dC, o Império Romano foi dividido de forma permanente, o Império Romano do Oriente governada a partir de Constantinopla, enquanto o Império Romano do Ocidente foi governada de forma intermitente entre Roma, Mediolanum, e Ravena.
      Nos séculos IV e V dC, os povos nômades da Ásia Central começaram a emigrar da sua terra natal e causou danos consideráveis em todo o continente euro-asiático. Um destes grupos eram os hunos, que chegaram à Europa cerca de 370 dC. A chegada dos hunos na Europa imediatamente chamou um grande movimento involuntário dos povos germânicos que, séculos antes tinha se mudado da Escandinávia e se instalaram na margem norte do Império Romano. Estes povos germânicos foram forçados a deixar seus países de origem e entrou no mundo mediterrâneo, por vezes assentando-se calmamente, por vezes atacando cidades romanas ou, por vezes, oferecendo os seus serviços como mercenários para defender as cidades romanas contra outros invasores bárbaros. Os visigodos eram um dos primeiros grupos germânicos a cegar, varrendo os Balcãs, derrotando um exército romano grande na Batalha de Adrianópolis, em 378 dC e, em seguida, emigrando para a Itália e saqueando Roma em 410 dC. Finalment acabaram assentando-se e criando um reino na região da Aquitânia.



FONTES:http://explorethemed.com/FallRomePt.asp







quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Irmãos Graco

Tibério depois de ser eleito tribuno da plebe em 133 a.C., propõe a Lei Agrária, que estabelece a divisão das terras públicas, por acreditar que o empobrecimento dos camponeses gera tensão social e política e põe em risco a república. O Senado recusa sua proposta, vetada por outro tribuno, Otávio.
Tibério subleva a plebe e destitui Otávio. Depois se candidata à reeleição para defender de novo a aprovação da lei, mas é assassinado durante um comício. O irmão Caio Semprônio assume a liderança da facção radical dos populares após sua morte.
Elege-se tribuno em 123 a.C. e 122 a.C. e persiste no projeto de reforma agrária até conseguir distribuir terras públicas aos menos favorecidos. Defende a aprovação da Lei Frumental, que estabelece o subsídio ao trigo, e da Lei Viária, que determina a construção de obras públicas para empregar os desocupados. Candidata-se à reeleição em 121 a.C., mas sofre a oposição do Senado e acaba derrotado. Seus partidários se rebelam, e Caio é morto durante o levante.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Reforma Agrária - Rômullo Bento





O processo de expansão territorial romano foi agente determinante para que este reino se enriquecesse e se transformasse em um dos mais poderosos impérios de toda a Antiguidade. Contudo, sem antes contar com uma política de distribuição das terras conquistadas, percebemos que a riqueza gerada por essas propriedades ocasionou fortes tensões políticas no interior da República Romana.

Com o passar do tempo, os grandes proprietários de terra – na maioria, patrícios ligados ao Senado – passaram a ameaçar a subsistência dos pequenos proprietários. Contudo, algumas transformações na organização política das assembleias foram de suma importância para que essa situação se modificasse. Por volta do século II a.C., uma nova lei instituiu a adoção do voto secreto para a escolha dos magistrados.

Essa transformação permitiu que os irmãos Tibério e Caio Graco fossem eleitos como tribunos da plebe e elaborassem leis que promoveriam uma grande reforma agrária nos territórios romanos. Em 133 a.C., Tibério Graco foi eleito tribuno da plebe e conseguiu a aprovação de uma lei que delimitava a extensão das terras da nobreza e permitia a distribuição de terras públicas aos menos favorecidos.

Contudo, apesar de promover uma transformação benéfica a uma parcela significativa da população romana, este não teve o apoio popular necessário para consolidar seu projeto. Acusado de tirania, por ter deposto um tribuno e conseguido a sua reeleição, Tibério foi, no ano seguinte a sua posse, assassinado junto a mais outros 500 políticos que apoiavam o processo de redistribuição de terras.

No ano de 125 a.C., uma reforma da lei romana passou a autorizar a reeleição dos tribunos da plebe. Aproveitando dessa mudança, Caio Graco assumiu seu segundo mandato como tribuno, em 123 a.C., e decidiu retomar o projeto de reforma agrária de seu falecido irmão. Contudo, para que seus objetivos fossem alcançados, teve o cuidado de ampliar suas bases de apoio político.

Inicialmente, buscou o apoio dos cavaleiros romanos ao aprovar uma lei que permitia a participação destes na administração das províncias e na organização dos órgãos judiciários dessa região. Logo em seguida, se aproximou das populações vizinhas à cidade de Roma. Em um novo projeto de lei, Caio Graco concedeu cidadania plena aos latinos e a cidadania parcial (sem direito de voto) aos demais habitantes da Península Itálica.

Alcançada a formação de seus grupos aliados, este astuto tribuno estabeleceu reformas que realizaram um novo modelo de distribuição das terras conquistadas em Tarento e Cápua. Além disso, conseguiu a aprovação da Lei Frumentária, que reduziu o valor de revenda do trigo para pessoas mais pobres. Reeleito em 122 a.C., Caio iniciou o projeto de fundação de uma colônia em Cartago.

Sentindo-se prejudicados por tais mudanças, os patrícios buscaram o apoio dos plebeus. Para consegui-lo, a elite romana argumentou que os plebeus poderiam perder a exclusividade de seus privilégios com a extensão da cidadania às populações vizinhas. Sem demora, os plebeus não concederam um novo mandato para Caio Graco, que em resposta tentou armar um golpe de Estado.

A ação gerou uma enorme conturbação social que desestabilizou o cenário político romano. O Senado decretou estado de sítio e concedeu poderes ilimitados aos cônsules. Mediante a pressão dos grandes proprietários e dos senadores, Caio Graco se refugiou no Monte Aventino junto de seus partidários. Observando que não poderia esboçar uma reação, Caio acabou ordenando que um de seus escravos o matasse.

Apesar do projeto dos irmãos Graco terem sofrido severa oposição, outras figuras políticas tentaram retomar o seu projeto. Em 91 a.C., o tribuno Marco Lívio Druso buscou aprovar uma lei de redistribuição de terras. Mais uma vez, os grandes proprietários armaram um golpe que resultou no assassinato do tribuno. Contudo, o evento foi responsável pela deflagração da Guerra Social, que entre os anos de 90 e 89 a.C. assinalou as tensões que tomavam Roma por causa da questão agrária.

Reforma agrária - Paulo Padilha



Reforma agrária
Envolve a mudança de leis, regulamentos ou costumes sobre a propriedade da terra. A reforma agrária pode consistir de um governo-iniciados ou apoiados pelo governo, uma redistribuição da propriedade , geralmente de terras agrícolas. A reforma agrária pode, portanto, referem-se a transferência de propriedade do mais poderoso ao menos poderoso: como de um número relativamente pequeno de ricos (ou nobres) proprietários com propriedades de terra extensa (por exemplo, plantações, grandes fazendas, ou parcelas do agronegócio) a propriedade individual por aqueles que trabalham a terra.Tais transferências de propriedade pode ser com ou sem compensação;. compensação pode variar de quantidades "token" para o valor total da terra.
A reforma agrária também pode implicar a transferência de terras da propriedade individual - mesmo camponês propriedade em pequenas propriedades - a estatal fazendas coletivas, tem também, em outros tempos e lugares, que se refere ao exato oposto: divisão da estatal em fazendas coletivas pequenas propriedades.  A característica comum de todas as reformas agrárias, no entanto, é a modificação ou substituição dos actuais arranjos institucionais que regem a posse e uso da terra. Assim, enquanto a reforma agrária pode ser radical na natureza, tais como através de grandes transferências de terras de um grupo para outro, ele também pode ser menos dramática, como as reformas regulatórias que visem à melhoria da administração da terra. 
No entanto, qualquer revisão ou reforma das leis de um país de terra ainda pode ser um processo intensamente político, como reforma das políticas de terra serve para mudar as relações dentro e entre as comunidades, bem como entre as comunidades eo Estado. Assim, mesmo em pequena escala reformas da terra e modificações jurídicas podem ser sujeitos a um intenso debate ou conflito.  

Paulo Padilha.

Irmãos Graco


Os irmãos graco foram grandes reformadores e ficaram para a história por sua tentativa de melhorar as condições de vida dos cidadãos mais pobres da sociedade romana.    
Sua principal ação foi distribuir terras do estado romano para os plebeus da cidade.  Essa medida contou com a oposição dos latifundiários.




O que eles queriam fazer era simplesmente distribuir de uma forma igualitária as terras para todos os cidadãos, ou seja, tirar um pouco de quem tinha muito e não utilizavam, e dar para os que não tinham, de um modo a tornaruma igualdade entre todos.

POR: Jonatã Amorim Oliveira

A questão agrária na Roma Antiga


O processo de expansão territorial romano foi agente determinante para que este reino se enriquecesse e se transformasse em um dos mais poderosos impérios de toda a Antiguidade. Contudo, sem antes contar com uma política de distribuição das terras conquistadas, percebe-se que a riqueza gerada por essas propriedades ocasionou fortes tensões políticas no interior da República Romana.

Por volta do século II a.C., uma nova lei instituiu a adoção do voto secreto para a escolha dos magistrados. Essa transformação permitiu que os irmãos Tibério e Caio Graco fossem eleitos como tribunos da plebe e elaborassem leis que promoveriam uma grande reforma agrária nos territórios romanos. Em 133 a.C., Tibério Graco foi eleito tribuno da plebe e conseguiu a aprovação de uma lei que delimitava a extensão das terras da nobreza e permitia a distribuição de terras públicas aos menos favorecidos.
Acusado de tirania, por ter deposto um tribuno e conseguido a sua reeleição, Tibério foi, no ano seguinte a sua posse, assassinado junto a mais outros 500 políticos que apoiavam o processo de redistribuição de terras. Em um novo projeto de lei, Caio Graco concedeu cidadania plena aos latinos e a cidadania parcial (sem direito de voto) aos demais habitantes da Península Itálica.
O Senado decretou estado de sítio e concedeu poderes ilimitados aos cônsules. Mediante a pressão dos grandes proprietários e dos senadores, Caio Graco se refugiou no Monte Aventino junto de seus partidários. Observando que não poderia esboçar uma reação, Caio acabou ordenando que um de seus escravos o matasse.

Reforma Agrária


                                                   Reforma Agrária

 Em 133 a.C., Tibério Graco foi eleito tribuno da plebe e conseguiu a aprovação de uma lei que delimitava a extensão das terras da nobreza e permitia a distribuição de terras públicas aos menos favorecidos.

 Contudo, apesar de promover uma transformação benéfica a uma parcela significativa da população romana, este não teve o apoio popular necessário para consolidar seu projeto. Acusado de tirania, por ter deposto um tribuno e conseguido a sua reeleição, Tibério foi, no ano seguinte a sua posse, assassinado junto a mais outros 500 políticos que apoiavam o processo de redistribuição de terras.

 No ano de 125 a.C., uma reforma da lei romana passou a autorizar a reeleição dos tribunos da plebe. Aproveitando dessa mudança, Caio Graco assumiu seu segundo mandato como tribuno, em 123 a.C., e decidiu retomar o projeto de reforma agrária de seu falecido irmão. Contudo, para que seus objetivos fossem alcançados, teve o cuidado de ampliar suas bases de apoio político.

 Inicialmente, buscou o apoio dos cavaleiros romanos ao aprovar uma lei que permitia a participação destes na administração das províncias e na organização dos órgãos judiciários dessa região. Logo em seguida, se aproximou das populações vizinhas à cidade de Roma. Em um novo projeto de lei, Caio Graco concedeu cidadania plena aos latinos e a cidadania parcial (sem direito de voto) aos demais habitantes da Península Itálica.

 Alcançada a formação de seus grupos aliados, este astuto tribuno estabeleceu reformas que realizaram um novo modelo de distribuição das terras conquistadas em Tarento e Cápua. Além disso, conseguiu a aprovação da Lei Frumentária, que reduziu o valor de revenda do trigo para pessoas mais pobres. Reeleito em 122 a.C., Caio iniciou o projeto de fundação de uma colônia em Cartago.

 Sentindo-se prejudicados por tais mudanças, os patrícios buscaram o apoio dos plebeus. Para consegui-lo, a elite romana argumentou que os plebeus poderiam perder a exclusividade de seus privilégios com a extensão da cidadania às populações vizinhas. Sem demora, os plebeus não concederam um novo mandato para Caio Graco, que em resposta tentou armar um golpe de Estado.

 A ação gerou uma enorme conturbação social que desestabilizou o cenário político romano. O Senado decretou estado de sítio e concedeu poderes ilimitados aos cônsules. Mediante a pressão dos grandes proprietários e dos senadores, Caio Graco se refugiou no Monte Aventino junto de seus partidários. Observando que não poderia esboçar uma reação, Caio acabou ordenando que um de seus escravos o matasse.

  Apesar do projeto dos irmãos Graco terem sofrido severa oposição, outras figuras políticas tentaram retomar o seu projeto. Em 91 a.C., o tribuno Marco Lívio Druso buscou aprovar uma lei de redistribuição de terras. Mais uma vez, os grandes proprietários armaram um golpe que resultou no assassinato do tribuno. Contudo, o evento foi responsável pela deflagração da Guerra Social, que entre os anos de 90 e 89 a.C. assinalou as tensões que tomavam Roma por causa da questão agrária.


by: Adrielli Barreto

Reforma  agraria


A reforma agrária tem por objetivo proporcionar a redistribuição das propriedades rurais, ou seja, efetuar a distribuição da terra para a realização de sua função social. Esse processo é realizado pelo Estado, que compra ou desapropria terras de grandes latifundiários (proprietários de grandes extensões de terra, cuja maior parte aproveitável não é utilizada) e distribui lotes de terras para famílias camponesas.

Conforme o Estatuto da Terra, criado em 1964, o Estado tem a obrigação de garantir o direito ao acesso à terra para quem nela vive e trabalha. No entanto, esse estatuto não é posto em prática, visto que várias famílias camponesas são expulsas do campo, tendo suas propriedades adquiridas por grandes latifundiários.

No Brasil, historicamente há uma distribuição desigual de terras. Esse problema teve início em 1530, com a criação das capitanias hereditárias e do sistema de sesmarias (distribuição de terra pela Coroa portuguesa a quem tivesse condições de produzir, tendo que pagar para a Coroa um sexto da produção). Essa política de aquisição da terra formou vários latifúndios. Em 1822, com a independência do Brasil, a demarcação de imóveis rurais ocorreu através da lei do mais forte, resultando em grande violência e concentração de terras para poucos proprietários, sendo esse problema prolongado até os dias atuais.


                                                  Por  Kivia Oliveira

Irmãos Gracos - Reformas Por: Simei

Por: Simei Miranda de Jesus
                                                 
                                                         Irmãos Gracos



Tibério Graco
  - projeto para limitação dos latifúndios
  - foi assassinado por conspirar contra a república
Caio Graco
  - retomou o projeto para limitação dos latifúndios
  - Apoio dos “Homens Novos”
  - Lei Frumentária
  - defendeu a criação de colônias agrícolas
     nas terras conquistadas para
     transferir os camponeses sem terras
  - Sofreu grande oposição da
     aristocracia e foi pressionado
     a suicidar-se


Por: Simei Miranda de Jesus

                                         Irmãos Gracos

Os Gracos ficaram para a História como grandes reformadores que tentaram proporcionar melhores condições de vida às camadas mais pobres da sociedade romana. O século XX, tão sensível às questões sociais, elevou-os à condição de mártires em prol de um mundo mais justo e fraterno. A opinião dos seus coetâneos, porém, dividia-se entre os que os consideravam demagogos com aspirações à realeza, e aqueles que os viam como defensores da plebe romana e dos oprimidos de toda a Itália. 

Netos do grande Cipião, o Africano, vencedor de Aníbal, e filhos de Tibério Semprónio Graco, um senador conservador que se notabilizou no governo da Hispânia, Tibério e Caio Graco pertenciam a uma das principais famílias da nobreza plebeia. Como não eram patrícios, podiam aspirar ao cargo de Tribuno da Plebe. Essa era, aliás, uma forma usual de os jovens das grandes famílias plebeias darem início às suas carreiras políticas. 

Os optimates dominavam o Senado que, na oligárquica república romana, era o orgão responsável pelas nomeações para as principais magistraturas do Estado, como o consulado, a questura e o censurato. A excepção era o importante cargo de Tribuno da Plebe, uma magistratura destinada a defender os interesses da classes populares. Os tribunos eram eleitos pelos plebeus, gozando de importantes prerrogativas: poder legislativo (podiam criar leis, mesmo com a oposição do Senado), inviolabilidade da sua pessoa (imunidade total durante o exercício do cargo), e poder de veto de todas as decisões do Senado. Os Gracos, embora pertencessem à nata da aristocracia romana, foram tribunos da plebe com preocupações sociais. 

O primeiro a ocupar o cargo foi Tibério (163-133 a.C.), o irmão mais velho. Acusado de pretender cingir o diadema, foi assassinado por um grupo de senadores, nas escadas do Capitólio (um pouco à semelhança do que aconteceria a César). Cipião Emiliano, seu cunhado, terá aprovado (ou até participado) na conjura para o matar. Anos depois, e não obstante os pedidos da mãe para não enveredar pela carreira política, o seu irmão Caio (158-121 a.C.) seguiu-lhe os passos. Caiu igualmente assassinado, na sequência de um célebre episódio: quando se discutia se procedia à eleição dos novos tribunos da plebe, Caio Graco terá levado a mão à cabeça, querendo com isso dizer aos seus partidários que as suas vidas estavam em jogo. Se perdessem a reeleição, seria o fim. Todavia, o gesto foi mal interpretado pelos seus opositores, que prontamente o acusaram de desejar a coroa. Levantou-se imediatamente um violento tumulto, durante o qual Caio Graco caiu assassinado, juntamente com três mil dos seus seguidores. 

Entre o ano 133, quando Tibério Graco se tornou Tribuno, e o ano 121 a.C., data do assassínio de Caio Graco, os dois irmãos tentaram pôr em prática as seguintes medidas: 

- Tentaram fazer uma reforma agrária, distribuindo terras em Itália (do chamado ager publicus, ou seja, património do Estado) pelos plebeus de Roma. Obviamente que essa medida contou com a oposição dos grandes latifundários. 

- Coisa inédita até então, tomaram iniciativas no âmbito da política externa: o rei Átalo III de Pérgamo, recentemente falecido, tinha legado o reino ao Povo Romano. Os Gracos fizeram aprovar uma lei segundo a qual o tesouro do rei Átalo seria investido na aquisição de alfaias agrícolas para uso dos plebeus e camponeses a quem as terras de Itália estavam a ser distribuídas. 

- Retiraram aos patrícios o poder judicial, estipulando que os júris dos tribunais seriam doravante constituídos por cavaleiros (equites) e patrícios em percentagens iguais. O que acontecia até então era que, independentemente da gravidade de uma acusação, um patrício podia sempre contar com a benevolência de um jurí constituído pelos seus semelhantes, que por sua vez esperariam igual solidariedade da sua parte, em situações análogas. 

As reformas do Gracos suscitaram a oposição dos patrícios, que governavam Roma desde o tempo dos reis etruscos. 

Daí em diante e até ao advento do Império (o regime do principado), com César e Augusto, Roma seria dilacerada por constantes guerras civis entre optimates e populares. 

Para a História ficou também a sua mãe, a célebre Cornélia. Filha de Cipião, o Africano, vencedor de Aníbal, foi dada em casamento a Tibério Semprónio Graco, que era na altura um dos principais rivais de seu pai, juntamente com Catão, o Censor. Tornou-se um símbolo de estóica abnegação, pela forma digna como suportou a perda dos filhos. Até à morte, já numa respeitável velhice, Cornélia foi adorada e respeitada por toda a Roma - inclusivé pelos senadores que lhe mataram os filhos. 




terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Os irmãos Graco e a Reforma Agrária


Eleito Tribuno da Peble  em 133 a .C, Tibério Graco lutava por uma reforma agrária que pudesse fim ao êxodo rural e estabelecer limites á propriedade da terra. Revoltados com a idéia, os senadores (donos dos maiores latifúndios de Roma) assassinaram Tibério Graco juntamente com trezentos dos seus seguidores. As propostas de Tibério foram retomadas anos depois por seu irmão, Caio Graco, eleito pelo Tributo do peble em 124 a.C. Baseado no modelo da democracia e buscando minar o poder dos ricos,Caio Graco defendia as divisão de terra publicas e suas distribuição entre os mais pobres. Sentido seus interesses ameaçados, a aristocracia mobilizou suas forças contra Caio Graco, sem ter como escapar, Caio Graco pediu que um escravo o matasse.
(fonte)http://ensinodahistoria1.blogspot.com/2011/06/os-irmaos-graco-e-reforma-agraria.html
por:vanilla isi

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Pintura em Vasos


Uma das expressões artísticas mais comuns na arte grega é a cerâmica utilitária e a pintura em vasos. Naquela época, os gregos transportavam líquidos, como água, azeite e vinho, em potes e vasos de cerâmica. Por isso, eles eram produzidos em grande quantidade em oficinas de artesãos. Além disso, eram usados em festas e rituais religiosos. Os gregos confeccionaram vários tipos de vasos, cada qual tinha seu nome e uma função específica. Assim, cálices com duas alças eram utilizados para beber vinho; hidras serviam para armazenar água.
A pintura chegou até nós principalmente através das cerâmicas decoradas e  representava cenas religiosas, cenas da vida cotidiana, de batalhas e de jogos. A decoração desses vasos também era bastante importante e caracterizou diferentes períodos da civilização grega. Essas peças de argila eram pintadas, algumas apresentavam figuras humanas e outras retratavam o dia-a-dia dessa antiga civilização. Hoje são instrumentos importantes a partir dos quais os arqueólogos tentam decifrar os costumes e as crenças do povo daquele período.
Frasco para perfumes (Ática V a.C)
     Era costume entre as mulheres levar potes de óleo perfumado ao túmulo de seus maridos – uma forma de expressar respeito.


Por Juliana Machado e Mylena Souza

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Teatro, Atenas

Teatro

O teatro teve início na Grécia Antiga graças aos cultos que eram feitos ao Deus Dionísio (Deus do vinho e da festa) eram realizados em seu templo, festas, onde jovens dançavam, cantavam e faziam- lhe oferendas de vinhos. Com um tempo estas festas foram ganhando certa organização, sendo apresentadas a um maior número de pessoas, surgindo assim o primeiro teatro grego “Teatro de Dionísio” em Atenas.
Os teatros eram construídos em montanhas e colinas, que serviam de suporte para as arquibancadas e possuíam uma acústica perfeita. O tetro servia além se tudo para apresentações teatrais, destacando-se a tragédia e a comédia, que eram relacionados a fatos do cotidiano, emocionais e psicológicos, lendas, mitos e homenagem aos Deuses gregos, na comédia, críticas humorísticas relacionadas à política. Nessas apresentações se utilizava máscaras e túnicas, além de um cenário bem decorado para dar mais realismo à encenação.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Partenon


PARTENON

Os gregos edificaram os seus primeiros templos no século VII a.C., influenciados pelas plantas das casas micênicas que apresentavam uma sala central rodeada de colunas.
Os templos eram construídos com linhas retas retangulares, sem arcos nem abóbodas.
foi um templo da deusa grega Atena, construído no século V a.C. na acrópole de Atenas. É o mais conhecido dos edifícios remanescentes da Grécia Antiga e foi ornado com o melhor da arquitetura grega. Suas esculturas decorativas são consideradas um dos pontos altos da arte grega.
O Partenon é um símbolo duradouro da Grécia e da democracia, e é visto como um dos maiores monumentos culturais do mundo.
O Partenon foi construído para substituir um antigo templo destruído por uma invasão dos persas em 480 a.C
  • 447-432 a.C. - Construção do Partenon no governo de Péricles e decoração com esculturas de Fídias
  • 267 - Bárbaros hérulos invadem Atenas e incendeiam a edificação
  • 343-361 - Recuperação do templo, provavelmente sob ordens do imperador romano Juliano
  • Século V - A grande estátua de Atena é levada para Constantinopla e, mais tarde, destruída
  • Século VI - Conversão em igreja Ortodoxa Grega. Monges retiram colunas internas, destroem esculturas consideradas pagãs e criam uma capela na fachada leste
  • 1204 - Os cruzados invadem Atenas e rebatizam o Partenon como "Notre-Dame de Atenas", tornando-o um templo católico
  • 1456 - Atenas é tomada pelo Império Otomano e o templo transforma-se em mesquita islâmica. Um minarete é colocado em sua base
  • 1687 - Os venezianos atacam Atenas. O Partenon é usado pelos turcos como depósito de pólvora e, em 26 de setembro, é atingido por uma bala de canhão que demole sua estrutura interna
  • 1801 - O embaixador britânico em Constantinopla, Lord Elgin, obtém permissão para fazer estudos na Acrópole e leva esculturas do templo para a Inglaterra
  • 1832 - Independência da Grécia - desde então os gregos trabalham na conservação do templo
  • 1835 - Início das escavações arqueológicas e do trabalho de recuperação das ruínas do Partenon
  • 2004 - Finalizados os trabalhos de restauro dos pronaos (salão leste: onde ficava a principal estátua, de Atena, em ouro e marfim, feita por Fídias) e opisthonaos (salão oeste: espaço reservado à guarda do tesouro da Liga de Delos), além da limpeza e conservação do friso da fachada oeste.
Por: Victória Martins

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

DISCÓBOLO


O Discóbolo é uma estátua do escultor grego Míron, que representa um atleta momentos antes de lançar um disco. Provavelmente seja a estátua de desportista em ação mais famosa do mundo.
Segundo nos dizem Plínio, o Velho e Luciano de Samósata, o original fora produzido em bronze em torno de 455 a.C para ser instalado em um palácio de Atenas, possivelmente criado para comemorar um atleta vitorioso no antigo pentatlo, mas a obra acabou se perdendo ao longo do tempo. A composição no entanto sobrevive em diversas cópias romanas, todas com variações entre si, o que deixa algumas dúvidas sobre a conformação exata do original.
Estilisticamente o Discóbolo ilustra a transição do Estilo Severo para o Estilo Clássico. A descrição anatômica tem um caráter mais naturalista do que a idealização praticada pelos seus antecessores imediatos, e apesar de dinâmica, é mais ou menos confinada dentro do plano frontal, à maneira de um alto-relevo. A vanguarda da escultura grega logo após Míron se tornou celebrada por dar a verdadeira independência tridimensional à escultura, criando obras igualmente eficientes em todos os ângulos. Essas características, se lhe dão um caráter transicional, não lhe retiram mérito próprio como obra perfeitamente acabada sob todos os aspectos, quando analisada no contexto de seu próprio momento histórico e cultural. Sob outro ponto de vista, Míron foi um pioneiro justamente pela introdução de uma abordagem anatômica e cinesiológica mais próxima do natural, e por ter conseguido sintetizar em arte um ideal de beleza física, de equilíbrio dinâmico e de harmonia entre mente e corpo, antecipando em muitos aspectos a produção de Fídias e Policleto. Na representação de atletas, a composição de Míron foi uma completa novidade. Nas palavras de Arnold Hauser, o Discóbolo representa o primeiro momento, desde as pinturas do Paleolítico, em que
"... o valor do 'movimento iminente' é plenamente reconhecido; aqui inicia a história do ilusionismo europeu, e onde encerra a história dos arranjos informativos e conceituais baseados em 'aspectos fundamentais' do sujeito. Em outras palavras, foi atingido o estágio no qual nenhuma beleza formal, por mais bem composta, por melhor em efeito decorativo que seja, justifica uma quebra nas leis da experiência sensível. As conquistas do naturalismo já não são incorporadas em um sistema de tradições imutáveis e aceitas somente dentro desses limites; a representação tem que ser correta a todo custo, e se a correção na representação é incompatível com a tradição, a tradição deve ser abandonada".
A questão do ilusionismo como recurso artístico, que se tornou tão cara aos gregos clássicos, fica mais evidente quando sabemos que, de acordo com os estudos atuais, embora o Discóbolo tenha enorme qualidade como obra de arte e tenha se tornado um modelo na representação do movimento do corpo humano, não representa o movimento real que o atleta faz no ato de lançar o disco.
A quantidade de cópias conhecidas indica que a obra foi muito popular na Roma Antiga. Quintiliano, em sua Institutio Oratoria, traçou um paralelo entre a postura do Discóbolo e o recurso retórico da antítese. As cópias, então realizadas geralmente em mármore, por causa das especificidades do material precisavam incorporar alguma base de apoio maior para o peso da pedra na forma de troncos de árvore ou rochas, o que retira muito do impacto e elegância da composição original em bronze de Miron, que se mantinha somente com suas próprias pernas graças à maior resistência do metal. Devemos lembrar também que nenhuma das cópias conservou indicação de como a estátua original era colorida, um costume comum entre os gregos que devia acrescentar às esculturas muita vivacidade e naturalismo. Além disso, das cópias que chegaram aos nossos dias somente uma, em bronze, em tamanho menor que o original, está completa; todas as outras apresentam danos mais ou menos extensos.
O Discóbolo só foi identificado em tempos modernos quando uma cópia em estado relativamente completo foi encontrada em 1781 na Villa Palombara, em Roma, pertencente à família Massimo. Restaurada por Angelini, foi instalada no Palazzo Massimo, e então no Palazzo Lancelotti, tornando-se imediatamente estimadíssima pelos neoclássicos dos séculos XVIII e XIX, que a viram como a representação suprema do movimento corpóreo. Antes desta descoberta, que veio a ser nomeada como cópia Palombara ou Lancelotti, outros fragmentos de cópias do Discóbolo não haviam sido reconhecidos, e por isso alguns exemplares acabaram sendo reintegrados em ilustração de outros motivos, como um torso recomposto como um gladiador ferido, e outro recomposto duas vezes, primeiro como Endimião, e depois como um dos Nióbidas. A cópia Townley do Museu Britânico foi restaurada com uma cabeça que originalmente não pertencia à mesma estátua, daí sua posição marcadamente diferente das outras, olhando para baixo, enquanto que segundo a descrição de Luciano o original olhava para trás. Entretanto, a cópia Townley se tornou influente, e outras cópias foram feitas a partir dela. Ao longo do século XIX cópias novas do Discóbolo ingressaram na maioria das grandes coleções de escultura da Europa e América e foram usadas como modelos para os estudantes de escultura, pintura e desenho.
No fim do século XIX constantes referências à iconografia clássica circulavam também entre os esportistas. O Discóbolo e outras estátuas famosas, como o Apoxiômenos de Praxíteles, e o Gálata moribundo, da escola helenística, tinham suas posturas imitadas pelos adeptos da prática do nascente bodybuilding, fundando um repertório de exercícios que levaram à criação da primeira competição desta modalidade esportiva, realizada em Londres em 1901. Treinadores do início do século XX, como Saldo Monte, Diana Watts e Charles Atlas, propuseram a sua postura como um exercício para aperfeiçoamento das qualidades de graça e desenvolvimento muscular equilibrado. Durante o Nazismo a tradição clássica foi identificada como um modelo para o desenvolvimento da nação e do povo alemão. Fascinado pela arte grega, Adolf Hitler comprou a cópia Lancelotti em 1938 por cinco milhões de liras, enviando-a para a Gliptoteca de Munique. Em 1948 foi devolvida à Itália.
A influência do Discóbolo sobre a cultura, em especial do ocidente, ainda é grande nos dias de hoje. É uma das imagens mais publicadas na literatura sobre esportes, educação física e fisiculturismo, um dos mais conhecidos ícones da atual cultura do corpo. Fisiculturistas ainda regularmente incluem a pose do Discóbolo em suas exibições, também um ícone popular na tradição da fotografia do corpo masculino.

Fonte: Wikipédia                                                             Aissa Bagano