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domingo, 26 de fevereiro de 2012

A condição da mulher no Islã



Com a forma como a qual o Cristianismo no geral idealiza a mulher, idealização está que abortou a imagem feminina como sendo fonte de todo o pecado ligado a sensualidade.
O Islam instituiu a co-responsabilidade nestas questões, por outro lado o Alcorão Sagrado exemplifica em mais de uma passagem que a relação dos humanos com deus se constitui na fé e nos atos realizados neste plano existencial.
Transmitindo uma mensagem de equitatividade nunca antes presente em nenhum outro livro Sagrado (Bíblia ou Tora), diz Deus no Alcorão Sagrado:
''A quem praticar o bem, seja homem ou mulher, e for fiel, concederemos uma vida agradável e premiaremos com uma recompensa, de acordo com a melhor das ações.'' (Alcorão Sagrado 16:97)
''Quanto aos muçulmanos e às muçulmanas, aos fiéis e às fiéis, aos consagrados e às consagradas, aos verazes e às verazes, aos perseverantes e às perseverantes, aos humildes e às humildes, aos caritativos e às caritativas, aos jejuadores e às jejuadoras, aos recatados e às recatadas, aos que se recordam muito de Deus e às que se recordam d’Ele, saibam que Deus lhes tem destinado a indulgência e uma magnífica recompensa. '' (Alcorão Sagrado 33:35)
Seja homem ou mulher que cumprir os cinco pilares ''práticas'' do Islam terá a sua recompensa como diz Deus no Alcorão Sagrado:
''Ó humanos, em verdade, Nós vos criamos de macho e fêmea e vos dividimos em povos e tribos, para reconhecerdes uns aos outros. Sabei que o mais honrado, dentre vós, ante Deus, é o mais temente. Sabei que Deus é Sapientíssimo e está bem inteirado. '' (Alcorão Sagrado 49:13)
Pode se deduzir portanto que o Alcorão Sagrado tenciona estabelecer o equilíbrio entre o homem e a mulher, nunca precedendo um em detrimento do outro.
Invariavelmente para cada homem piedoso o Alcorão Sagrado cita com igual estima uma mulher piedosa.
Os casos das esposas de Abraão e Adão e das mães de Jesus e Moisés (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre eles), exemplificam está tendência.

Por: Renata Lobo

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Islã e o princípio de igualdade






A contextualização da revelação do Islã informa sobre o conteúdo revolucionário de sua mensagem quanto às relações sociais de sexo desiguais, existentes na península arábica do sétimo século da era gregoriana. Essas relações, remanescentes da mentalidade patriarcal e da organização tribal e escravagista da época, relegavam as mulheres ao status de mercadoria, fazendo parte do patrimônio de seu marido e de seus herdeiros. Outras práticas desvalorizantes para as mulheres eram costumeiras na sociedade árabe da época, como a poligamia, que não conhecia nenhuma restrição quanto ao número de esposas, o que dependia unicamente da fortuna e statussocial do homem, ou o repúdio, o casamento forçado, a privação do direito à herança e a escravidão.
A liberação do ser humano – seja ele homem ou mulher – por um lado, de todo tipo de escravidão ou subjugação e, por outro, a reconstrução de relações sociais sobre bases igualitárias, são a base do projeto social inaugurado pela mensagem corânica.
O princípio igualitário encontra seus fundamentos no próprio conceito da unicidade de Deus: "Não existe Deus senão Deus", "Nenhum Deus fora de Deus". Essa afirmação constitui uma referência existencial que carrega em si todas as aspirações e/ou reivindicações pela igualdade dos humanos diante de um só Deus, sem nenhum tipo de intermediação. É uma referência liberadora que leva os humanos à sua origem comum:
Humanos, Nós vos criamos de um macho e de uma fêmea. Se de vós fizemos povos e tribos, é graças ao seu conhecimento mútuo. O mais digno aos olhos de Deus é aquele que mais se precavê.
Dessa referência à origem comum da humanidade com relação aos "humanos", sem distinção entre homens, mulheres e raças, derivam-se alguns princípios fundadores das relações sociais construídos pelo Islã:
– A igualdade dos seres humanos supõe a abolição de todo tipo de dominação ou de discriminação através do sexo, raça, cor, riqueza ou classe; cada ser humano é valorizado somente pelo mérito de sua compaixão e de suas boas ações.
– A diversidade dos seres humanos é uma fonte de paz e de enriquecimento, geradora de respeito pelo outro e de não violência contra eles, uma vez que lhes é recomendado estabelecer um reconhecimento mútuo, no sentido intelectual e espiritual do termo.
– Os seres humanos, enquanto representantes de Deus na terra, são iguais em sua responsabilidade pela vida na terra, o respeito pelas outras criaturas e a preservação do ambiente.
Essa abordagem igualitária encontra-se nos versículos corânicos e os hadiths relativos às relações específicas no interior do casal. É significativo que a quarta sura intitulada "as Mulheres", que contém a maior parte das prescrições relativas à vida familiar, abre-se com a idéia da origem comum do homem e da mulher que é "alma única" (nafs)2, logo aconselhando uma atitude defensiva contra uma agressão eventual sofrida ou temida:
Ó homens! Temei a vosso Senhor, Que vos criou de uma só pessoa e desta criou sua mulher, e de ambos espalhou pela terra numerosos homens e mulheres. E temei Allah, em nome de quem vos solicitais mutuamente, e respeitai os laços consangüíneos. Por certo, Allah, de vós, é Observante.3
Um outro versículo descreve os sentimentos de amor e afeição que devem reinar nas relações entre os cônjuges:
Entre Seus desígnios que Ele criou para vós, esposas, a partir de vós próprios, para que ao lado delas vós encontrásseis o apaziguamento; pois Ele está entre elas e vós deveis estabelecer afeição e misericórdia.
A tradição do profeta foi igualmente portadora de um projeto de transformação social profunda. O profeta iniciou, com suas palavras e sua prática cotidiana, a reconstrução das relações entre os sexos sobre uma base igualitária: "as mulheres são as irmãs uterinas dos homens diante das leis" diz ele num hadith. Ele dizia num outrohadith que percebia no fato do homem aplicar-se às tarefas caseiras, um ato pedagógico de humildade e de reeducação, apropriado para combater a vaidade masculina, e dava ele mesmo o exemplo assumindo diferentes tarefas dos cuidados da casa, reservadas tradicionalmente às mulheres e consideradas como aviltantes para um homem.
Essa abordagem constituía para a época uma reviravolta na distribuição dos papéis estabelecidos socialmente e uma tomada de consciência da separação erigida entre o espaço público e o privado. Aliás, as mulheres muçulmanas da época em que vivia o profeta investiram no espaço público em todos os seus setores: a mesquita, lugar do saber e de tomadas de decisão, o souk, lugar de trocas econômicas e sociais, e participavam da vida política e das guerras para defender a comunidade.
Esses ensinamentos muito ricos em termos de respeito e dignidade para as mulheres não foram, infelizmente, traduzidos pelos diferentes intérpretes de textos sacros nas normas jurídicas dos quais eles foram deduzidos. Ainda pior, algumas prescrições corânicas liberadoras para a época, foram desviadas de suas finalidades e interpretadas com um sentido opressivo. Esse é o caso com a poligamia, com a dissolução do laço conjugal, e da herança, tomando somente estes três exemplos constantemente evocados para criticar a condição das mulheres no Islã.




Por: Simei Miranda de Jesus
Por: Simei Miranda de Jesus


No ocidente, o tema da condição das mulheres no Islã está ligado à representação que geralmente se faz do Islã e dos muçulmanos. É uma representação constituída por estereótipos, esquematizações reducionistas e por confusões conceituais. A realidade do Islã e das sociedades muçulmanas possui muito mais nuances e freqüentemente não corresponde às idéias estabelecidas. A condição de inferioridade e precariedade a que está confinada a maior parte das mulheres muçulmanas, revela principalmente a hegemonia de uma mentalidade e de um sistema patriarcal que instrumentaliza sua leitura da religião para legitimar as situações de dominação, de violência e de exclusão em relação às mulheres. Partindo desta constatação, a autora propõe uma outra leitura do Islã e uma reflexão sobre a noção de igualdade no Alcorão e Sunna, na sua relação com o contexto da revelação, as finalidades da Chari'a e as perspectivas de evolução que podem revelar o referencial islâmico. Este trabalho de base é passível de reduzir as distâncias entre os princípios de igualdade entre os sexos inscritos nas convenções internacionais e seu equivalente no Islã.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Mulheres no islã





Existe, infelizmente, um pouco por toda a parte do mundo, mulheres que sofrem discriminação.  principalmente as mulheres islâmicas, iremos que sofrem  vários aspectos de  injustiça. No entanto, não há uma resposta simples para a possibilidade de uma futura cooperação com estas mulheres, pois elas vivem com medo e não é nada fácil elas conseguirem sobreviver lutando pelo que realmente têm direito.
Existem inúmeras tradições sociais, psicológicas e económicas que governam o pensamento da maior parte dos muçulmanos e que influenciam particularmente a condição da mulher e o seu papel na sociedade islâmica. 
 
Em Sahih Al Bukhari (Pasrte 7, Hadith N° 113) está afirmado: "A mulher é como uma costela; se você tentar endireitá-la, ela se quebra. Portanto, se você quer tirar proveito dela, faça-o mesmo sendo ela defeituosa". Todos concordam com este Hadith.

No islamismo, a mulher é considerada um "brinquedo" (daí porque usei a palavra "que" em vez de "quem"). Isto é tirado literalmente do que o profeta Maomé e o Justo Califa Umar Ibn Al Khattab (um dos sogros de Maomé) declararam; do verdadeiro tratamento que as mulheres recebem nos dias de hoje na maioria dos países islâmicos; e da diferentes doutrinas do islamismo a respeito das mulheres (casamento no islamismo, direitos da mulher, status da mulher em comparação com os homens, os deveres da mulher para com o seu marido, etc.).

Adrielli Barreto

A mulher no Islã

Para se falar sobre a mulher no Islam, como ela é vista, qual a sua função, qual o seu papel, quais os seus direitos e deveres, torna-se necessário comparar este mesmo papel com outras culturas, outras religiões, quais os seus direitos e deveres, quais as suas conquistas, enfim, devemos considerar todos os aspectos, sejam sociais, politícos, econômicos, éticos ou morais e não, simplesmente, nos determos em aspectos culturais isolados.

Por isso, nada melhor do que enfocar a condição da mulher no Islam, levando em conta essa mesma condição no Ocidente, e, mais especificamente no Brasil, de tradições, cultura e religião tão diferentes do Oriente. No que a muçulmana é diferente da mulher ocidental? Que valores éticos, morais, sociais e religiosos regem essas duas mulheres? Que padrões comportamentais fazem essas duas mulheres tão diferentes?




Há 1400 anos, o Islam afirmou que a mulher é um ser humano, que tem uma alma da mesma natureza que a do homem, e que ambos, homens e mulheres, gozam dos mesmos direitos. No Islam, a mulher é um ser responsável e não pode ser desrespeitada ou discriminada em razão de seu sexo. No ocidente, apesar dos avanços conseguidos pelos movimentos feministas, as conquistas alcançadas não representam sequer a terça parte do que o Islam já havia garantido. Sabemos que a mulher ainda é discriminada, o maior contingente de analfabetos está na população feminina, ela é vítima da violência, que começa em casa, recebe um salário menor para o exercício de funções que ela executa em igualdade de condições com o homem, etc.

Em 1995, portanto há três anos atrás, na Quarta Conferência Mundial da Mulher, ocorrida em Pequim, os governos participantes reconheceram a péssima condição feminina e firmaram uma Declaração, onde entre outros tópicos, afirmavam o seguinte:
"Nós, os governos que participamos da Quarta Conferência Mundial da Mulher (…) estamos convencidos de que: (…) Os direitos da mulher são direitos humanos; (…) A igualdade de direitos, de oportunidades e de acesso aos recursos, à distribuição equitativa entre homens e mulheres das responsabilidades relativas à família … são indispensáveis ao seu bem-estar e ao de sua família, assim como para a consolidação da democracia. (…) A paz global, nacional e regional só pode ser alcançada com o progresso das mulheres, que são uma força fundamental de liderança, resolução de conflitos e promoção de uma paz duradoura em todos os níveis."

A diferença básica entre esses dois mundos, o oriental e o ocidental, é que o Islam, conforme revelado ao Profeta Mohammad, está pronto, bastando ser seguido por todos. O Islam dignifica o ser humano, garante direitos. Sua mensagem, ainda que dirigida inicialmente aos árabes, é universal e se aplica a todos os homens e mulheres, em qualquer lugar e em qualquer tempo. As origens do Islam são as mesmas que as das religiões anteriores e Mohammad foi o último profeta de Deus.

Deus esclarece no Alcorão que, ao longo de toda a história da humanidade, cada povo teve o seu mensageiro, em sua própria língua, em linguagem compatível com a compreensão do ser humano, anunciando a unicidade de Deus, confirmando o Dia do Juízo Final e determinando a subordinação ao que foi legislado por Ele.

Prescreveu-vos a mesma religião que tinha instituído para Noé, a qual te revelamos, a qual recomendamos a Abraão, a Moisés e Jesus (dizendo-lhes): Observai a religião e não discrepeis acerca disso.(cap. 14:5)

A crença nos profetas e nos livros são artigos de fé para o muçulmano. Depois de Mohammad não haverá mais nenhum profeta e nem revelação alguma será feita.
Hoje, aperfeiçoei a religião para vós; agraciei-vos generosamente e aponto o Islam por religião. (Cap. 5:3) 


  Texto de Mônica Muniz , disponível em: A condição da mulher no Islam

Por: Taíse Dourado

A condição da mulher no Islã 

Existe muito preconceito ainda hoje com respeito ao islamismo. A maioria das pessoas, as vezes sem nenhum conhecimento atribuem ás religiões islâmcas a maioria dos ataques terroristas, e outras coisas mais, como a opressão contra a mulher.
A revista online veja.com, comentou um pouco sobre esse assunto tão polêmico:


"A base da religião muçulmana não determina qualquer tipo de discriminação grave contra a mulher. No entanto, as interpretações radicais das escrituras deram origem a casos brutais. A opressão contra a mulher é comum nos países que seguem com rigor a Sharia, a lei islâmica, e têm tradições contrárias à libertação da mulher."







 "Assim, o problema da opressão à mulher muçulmana não é causado pela crença islâmica em si - ele surgiu em culturas que incorporaram tradições prejudiciais às mulheres. Um ótimo exemplo disso é o fato de que o uso de véus e a adoção de outros costumes que causam estranheza no Ocidente muitas vezes são mantidos por mulheres mesmo quando não há nenhuma obrigação. Ou seja: os hábitos estão integrados às culturas, não necessariamente à religião."

Por: Jonatã Oliveira

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

ISLAMISMO

INTRODUÇAO:
 
A religião muçulmana tem crescido nos últimos anos (atualmente é a segunda maior do mundo) e está presente em todos os continentes. Porém, a maior parte de seguidores do islamismo encontra-se nos países árabes do Oriente Médio e do norte da África. A religião muçulmana é monoteísta, ou seja, tem apenas um Deus: Alá.
Criada pelo profeta Maomé, a doutrina muçulmana encontra-se no livro sagrado, o Alcorão ou Corão. Foi fundada na região da atual Arábia Saudita. 

VIDA DO PROFETA MAOMÉ:
 
Muhammad (Maomé) nasceu na cidade de Meca no ano de 570. Filho de uma família de comerciantes, passou parte da juventude viajando com os pais e conhecendo diferentes culturas e religiões. Aos 40 anos de idade, de acordo com a tradição, recebeu a visita do anjo Gabriel que lhe transmitiu a existência de um único Deus. A partir deste momento, começa sua fase de pregação da doutrina monoteísta, porém encontra grande resistência e oposição. As tribos árabes seguiam até então uma religião politeísta, com a existência de vários deuses tribais.
Maomé começou a ser perseguido e teve que emigrar para a cidade de Medina no ano de 622. Este acontecimento é conhecido como Hégira e marca o início do calendário muçulmano.
Em Medina, Maomé é bem acolhido e reconhecido como líder religioso. Consegue unificar e estabelecer a paz entre as tribos árabes e implanta a religião monoteísta. Ao retornar para Meca, consegue implantar a religião muçulmana que passa a ser aceita e começa a se expandir pela península Arábica.
Reconhecido como líder religioso e profeta, faleceu no ano de 632. Porém, a religião continuou crescendo após sua morte.
LIVROS SAGRADOS E DOUTRINAS RELIGIOSAS:
 
O Alcorão ou Corão é um livro sagrado que reúne as revelações que o profeta Maomé recebeu do anjo Gabriel. Este livro é dividido em 114 capítulos (suras). Entre tantos ensinamentos contidos, destacam-se: onipotência de Deus (Alá), importância de praticar a bondade, generosidade e justiça no relacionamento social. O Alcorão também registra tradições religiosas, passagens do Antigo Testamento judaico e cristão.
Os muçulmanos acreditam na vida após a morte e no Juízo Final, com a ressurreição de todos os mortos.
A outra fonte religiosa dos muçulmanos é a Suna que reúne os dizeres e feitos do profeta Maomé.
Por: LUCAS DOURADO.