Para se falar sobre a mulher no Islam, como
ela é vista, qual a sua função, qual o seu papel, quais os seus direitos e deveres,
torna-se necessário comparar este mesmo papel com outras culturas, outras religiões,
quais os seus direitos e deveres, quais as suas conquistas, enfim, devemos considerar
todos os aspectos, sejam sociais, politícos, econômicos, éticos ou morais e não,
simplesmente, nos determos em aspectos culturais isolados.
Por isso, nada melhor do que enfocar a condição da mulher no Islam, levando em conta essa mesma condição no Ocidente, e, mais especificamente no Brasil, de tradições, cultura e religião tão diferentes do Oriente. No que a muçulmana é diferente da mulher ocidental? Que valores éticos, morais, sociais e religiosos regem essas duas mulheres? Que padrões comportamentais fazem essas duas mulheres tão diferentes?
Há 1400 anos, o Islam afirmou que a mulher é um ser humano, que tem uma alma da mesma natureza que a do homem, e que ambos, homens e mulheres, gozam dos mesmos direitos. No Islam, a mulher é um ser responsável e não pode ser desrespeitada ou discriminada em razão de seu sexo. No ocidente, apesar dos avanços conseguidos pelos movimentos feministas, as conquistas alcançadas não representam sequer a terça parte do que o Islam já havia garantido. Sabemos que a mulher ainda é discriminada, o maior contingente de analfabetos está na população feminina, ela é vítima da violência, que começa em casa, recebe um salário menor para o exercício de funções que ela executa em igualdade de condições com o homem, etc.
Em 1995, portanto há três anos atrás, na Quarta Conferência Mundial da Mulher, ocorrida em Pequim, os governos participantes reconheceram a péssima condição feminina e firmaram uma Declaração, onde entre outros tópicos, afirmavam o seguinte:
"Nós, os governos que participamos
da Quarta Conferência Mundial da Mulher (…) estamos convencidos de que: (…) Os
direitos da mulher são direitos humanos; (…) A igualdade de direitos, de
oportunidades e de acesso aos recursos, à distribuição equitativa entre homens e
mulheres das responsabilidades relativas à família … são indispensáveis ao seu
bem-estar e ao de sua família, assim como para a consolidação da democracia. (…) A
paz global, nacional e regional só pode ser alcançada com o progresso das mulheres, que
são uma força fundamental de liderança, resolução de conflitos e promoção de uma
paz duradoura em todos os níveis."
A diferença básica entre esses dois mundos, o oriental e o ocidental, é que o Islam, conforme revelado ao Profeta Mohammad, está pronto, bastando ser seguido por todos. O Islam dignifica o ser humano, garante direitos. Sua mensagem, ainda que dirigida inicialmente aos árabes, é universal e se aplica a todos os homens e mulheres, em qualquer lugar e em qualquer tempo. As origens do Islam são as mesmas que as das religiões anteriores e Mohammad foi o último profeta de Deus.
Deus esclarece no Alcorão que, ao longo de toda a história da humanidade, cada povo teve o seu mensageiro, em sua própria língua, em linguagem compatível com a compreensão do ser humano, anunciando a unicidade de Deus, confirmando o Dia do Juízo Final e determinando a subordinação ao que foi legislado por Ele.
Prescreveu-vos a mesma religião que tinha instituído para Noé, a qual te revelamos, a qual recomendamos a Abraão, a Moisés e Jesus (dizendo-lhes): Observai a religião e não discrepeis acerca disso.(cap. 14:5)
A crença nos profetas e nos livros são artigos de fé para o muçulmano. Depois de Mohammad não haverá mais nenhum profeta e nem revelação alguma será feita.
Hoje, aperfeiçoei a religião para vós;
agraciei-vos generosamente e aponto o Islam por religião. (Cap. 5:3)
Texto de Mônica Muniz , disponível em: A condição da mulher no Islam
Por: Taíse Dourado
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