O Islamismo condensa influências de várias religiões, além do
princípio essencial da revelação divina, congregando elementos legados
pelo Judaísmo, como a circuncisão, e possivelmente também o seu teor
monoteísta; pela doutrina judaico-cristã, a idéia do Juízo Final; a
veneração aos santos e a fé nos espíritos, os djinn, gênios do bem ou do
mal, herdados de crenças ancestrais. Os preceitos ditados pelo Alcorão
são considerados como verdades absolutas, incapazes de conter qualquer
falha. Este livro é organizado em 114 suras ou capítulos, dispostos por
tamanho, o maior contendo 286 versos. Há uma outra fonte de orientação
para os muçulmanos, princípios que partem dos ditos e feitos do Profeta,
ou seja, dos ahadith, contidos na Suna.
O Islã, significativo em seu teor religioso, é também uma
doutrina moral e política. Como algumas religiões cristãs, ele também
prega a crença no Juízo Final, com sua divisão entre os justos, que irão
para o Paraíso, por toda a eternidade, e os maus, que arderão no fogo
do inferno para sempre. Mas, ao mesmo tempo, o homem parece não ter
escolha entre o bem e o mau, pois as pessoas parecem ter seu destino já
traçado por Alá – uma de suas máximas afirma ‘estava escrito’.
Entre as obrigações dos fiéis do Islamismo estão as orações
obrigatórias, cinco vezes ao dia, ajoelhado em um tapete e voltado para
Meca; não exercer o culto de imagens,
o que para eles representa um ato de idolatria, e visitar Meca pelo
menos uma vez na vida. Aliás, esta é uma das cidades sagradas para os
muçulmanos, que assim consideram também Medina, onde o Profeta edificou
sua primeira mesquita, e Jerusalém, que os islamitas acreditam ser o
local de onde Maomé ascendeu aos céus, na direção do Paraíso, para lá
permanecer junto a Jesus e a Moisés.
Marcos Barreto
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