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quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

A questão agrária na Roma Antiga


O processo de expansão territorial romano foi agente determinante para que este reino se enriquecesse e se transformasse em um dos mais poderosos impérios de toda a Antiguidade. Contudo, sem antes contar com uma política de distribuição das terras conquistadas, percebe-se que a riqueza gerada por essas propriedades ocasionou fortes tensões políticas no interior da República Romana.

Por volta do século II a.C., uma nova lei instituiu a adoção do voto secreto para a escolha dos magistrados. Essa transformação permitiu que os irmãos Tibério e Caio Graco fossem eleitos como tribunos da plebe e elaborassem leis que promoveriam uma grande reforma agrária nos territórios romanos. Em 133 a.C., Tibério Graco foi eleito tribuno da plebe e conseguiu a aprovação de uma lei que delimitava a extensão das terras da nobreza e permitia a distribuição de terras públicas aos menos favorecidos.
Acusado de tirania, por ter deposto um tribuno e conseguido a sua reeleição, Tibério foi, no ano seguinte a sua posse, assassinado junto a mais outros 500 políticos que apoiavam o processo de redistribuição de terras. Em um novo projeto de lei, Caio Graco concedeu cidadania plena aos latinos e a cidadania parcial (sem direito de voto) aos demais habitantes da Península Itálica.
O Senado decretou estado de sítio e concedeu poderes ilimitados aos cônsules. Mediante a pressão dos grandes proprietários e dos senadores, Caio Graco se refugiou no Monte Aventino junto de seus partidários. Observando que não poderia esboçar uma reação, Caio acabou ordenando que um de seus escravos o matasse.

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